Freud
O austríaco Sigmund Freud (1856-1939) é conhecido como o "pai da psicanálise". Seus estudos influenciaram muitas áreas do conhecimento humano, inclusive a educação.
Alguns autores apontam a evolução do pensamento de Freud sobre pedagogia. Inicialmente, ele depositava grandes esperanças em uma reforma educacional, inspirada pelas descobertas da psicanálise. Mas, com o tempo, ele passou a acreditar que uma "pedagogia psicanalítica" era impossível, pois não há como evitar conflitos entre a satisfação das pulsões da criança e qualquer tentativa de organização civilizada de sua vida social.
Mesmo que Freud, pessimista, não tenha elaborado nenhuma teoria pedagógica, sua influência é sentida de maneira generalizada e se manifesta especialmente nas correntes que defendem a ideia de que a escola seja não apenas um local de "transmissão de conhecimentos", mas também um espaço onde as crianças possam expressar e elaborar suas vivências emocionais.
Vem ganhando força a ideia de que, especialmente em pré-escolas e nas primeiras séries, a criança encontre espaço para expressar simbolicamente suas emoções, falar sobre seus medos, e de que se deve levar em conta sua vida sentimental. Mesmo que não encontremos referências explícitas a Freud, sua influência se faz sentir, na medida em que foi com ele que se iniciou um movimento de atenção e respeito à vida emocional das crianças.
Hoje, muitas teorias acreditam que, em um mundo que oferece muitas situações que podem ser traumáticas para as crianças (desde separação dos pais até a violência na televisão, por exemplo), a escola precisa ser um espaço em que a criança pode expressar e dividir suas emoções mais fortes. Atividades artísticas e produção de textos ganham importância nesse contexto e, mesmo de forma difusa, por trás dessas mudanças encontra-se a figura de Freud.
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