Freud e a Psicanálise
“... Quase parece como se a análise fosse a terceira daquelas profissões ‘impossíveis’ quanto às quais de antemão se pode estar seguro de chegar a resultados insatisfatórios. As outras duas, conhecidas há muito mais tempo, são a educação e o governo. Evidentemente, não podemos exigir que o analista em perspectiva seja um ser perfeito antes que assuma a análise, ou em outras palavras, que somente pessoas de alta e rara perfeição ingressem na profissão. Mas onde e como pode o pobre infeliz adquirir as qualificações ideais de que necessitará em sua profissão? A resposta é: na análise de si mesmo, com a qual começa sua preparação para a futura atividade. Por razões práticas, essa análise só pode ser breve e incompleta. Seu objetivo principal é capacitar o professor a fazer um juízo sobre se o candidato pode ser aceito para formação posterior.” (FREUD, Sigmund, Análise terminável e Interminável, 1937).
Segundo a autora KUPFER, Maria Cristina M, 2005 no fim da vida, Freud, concluiu que homens “do povo” não compreenderiam a psicanalise e a existência do inconsciente, e que a forma pedagógica clássica em que almejava ensinar, onde todos entendessem exatamente o que ele propunha era impossível. E que segundo Freud, o inconsciente não controla totalmente o que dizemos e o efeito que isso causa a quem ouve. Como um professor que ministra uma aula, e passa para seus alunos o conhecimento por ele adquirido, o que o aluno entenderá e guardara para si, não é de controle do professor, e sim do próprio aluno. Há momentos em que o aluno quer aprender, pensar, criticar, investigar, em outros ele simplesmente ignora o que é falado, o que gera uma frustação por parte do educador.
Ainda segundo a autora, ao mesmo tempo em que a psicanalise presente na educação gera certa incerteza no método receptivo do aluno, a mesma faz com