FREIRE E OUTROS
Seu livro mais famoso “Pedagogia do Oprimido”, concluído em 1968, foi publicado em várias línguas como o espanhol, inglês e até em hebraico. Mas no Brasil só foi publicado em 1974 devido às perseguições políticas da ditadura militar. Trabalhou na Universidade de Cambridge (Inglaterra) em Genebra (Suíça) e nas colônias portuguesas da África (Guiné Bissau e Moçambique) sempre como consultor na área da educação popular. Em 1980, com a abertura política, pode retornar ao Brasil. Na PUC-SP trabalhou como orientador dos cursos de pós-graduação para educadores (mestrado e doutorado) Foi secretário de educação de 1989-1991, na gestão de Luiza Erundina, onde deixou marcas de sua passagem com a criação do MOVA, programa de alfabetização de jovens e adultos. Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, contribuindo para a alfabetização e conscientização política de jovens e adultos operários. Mas sua obra ultrapassa esse espaço e atinge toda a educação, sempre com o conceito básico de que não existe uma educação neutra: segundo sua visão toda educação é, em si, política. Nos últimos concursos dentre suas inúmeras obras, a mais solicitada tem sido “Pedagogia da Autonomia”. Nesta obra o autor propõe uma pedagogia fundada na ética, no respeito à dignidade e à própria autonomia do educando. Num momento em que o trabalho do professor tem sido tão desvalorizado em todos os níveis, a pedagogia da autonomia nos faz compreender a prática docente enquanto dimensão social da formação humana. O autor nos adverte para a necessidade de assumirmos uma postura vigilante contra todas as práticas de desumanização. As idéias trabalhadas no livro resgatam de forma criativa as questões