Frei Luís de Sousa
Personagens
Manuel de Sousa Coutinho é um nobre e honrado fidalgo, que queima o seu próprio palácio, para não receber os governadores. Embora apresente a razão a dominar os sentimentos, por vezes, estes sobrepõem-se quando se preocupa com a doença da filha. É um bom pai e um bom marido.
Maria de Noronha tem 13 anos, é uma menina bela, mas frágil, com tuberculose, e acredita com fervor que D. Sebastião regressará. Tem uma grande curiosidade e espírito idealista. Ao pressentir a hipótese de ser filha ilegítima sofre moralmente. Será ela a vítima sacrificada no drama.
Telmo Pais, o velho criado, confidente privilegiado, define-se pela lealdade e fidelidade. Não quer magoar nem pretende a desgraça da família de D. Madalena e Manuel. Mas como verdade recorrente no mito sebastianista, acredita que D. João de Portugal há-de regressar. Representa um pouco o papel de coro, com os seus diálogos, os seus agoiros ou os seus apartes.
Frei Jorge Coutinho, amigo da família e confidente nas horas de angústia, ouve a confissão angustiada de D. Madalena. Vai ter um papel importante na identificação do Romeiro, que na sua presença indicará o quadro de D. João de Portugal.
Cena 2.
Maria, Telmo e D. Manuel
(Maria continua febril e "sabe tudo"; "Feiticeira" como é tratada pelo pai.
Cena 3.
Maria e D.Manuel
(Manuel de Sousa diz a Maria que aquela casa é quase um convento e que para frades de São Domingos só lhes falta o hábito)
(2 e 3) -É Manuel de Sousa que vem de visita, quem revela a Maria a identidade do 3º retrato e tece grandes elogios a D. João de Portugal, não demonstrando qualquer indício de ciúme.
Cena 4.
Maria, D. Manuel e Jorge
Frei Jorge anuncia a Manuel de Sousa a decisão dos governadores de esquecer a sua atitude. Manuel de Sousa pretende deslocar-se a Lisboa ao convento do Sacramento e Maria pede-lhe para o acompanhar a fim de conhecer a soror Joana
Tempo
A acção dramática de Frei Luis de Sousa acontece em 1599, durante o domínio