Frei Luis de Sousa
1. ESPECIFICIDADE DO TEXTO DRAMÁTICO
Dramaturgo: Almeida Garrett (escritor romântico da primeira metade do século XIX)
Género literário: dramático
Subgénero: drama
Estrutura externa: a peça está dividida em três atos (Ato I, II e III). Cada ato está subdividido em cenas (há mudança de cena sempre que entra ou sai uma personagem)
Texto principal: as falas das personagens
Modos enunciativos ou modos de expressão do texto dramático
• diálogo (conversa entre duas ou mais personagens)
• monólogo (a personagem está só no palco e o que diz é a expressão dos seus sentimentos mais íntimos)
• aparte (a personagem não está só no palco, mas o que diz não é ouvido pelas outras personagens)
Texto secundário
• As didascálias (são informações dadas pelo dramaturgo ao encenador e ao leitor sobre a movimentação em palco, os sentimentos das personagens, o cenário, a luz, o som e o vestuário)
2. TEMPO E ESPAÇO (No texto dramático, a ausência de narrador obriga a que as indicações de espaço sejam sugeridas pelos cenários (didascálias) e que as de tempo sejam introduzidas nas falas das personagens.
2.1. O espaço em Frei Luís de Sousa (didascálias iniciais de cada ato)
Ato I: a ação decorre no palácio de Manuel de Sousa Coutinho, em Almada, mais precisamente numa câmara antiga, luxuosamente ornamentada. Das duas janelas, vê-se o Tejo e Lisboa. Numa das paredes está pendurado um retrato do dono da casa (p. 152 do manual).
Ato II: a ação decorre, em Almada, no palácio que fora de D. João de Portugal (primeiro esposo de D. Madalena). Encontramo-nos, agora, num salão austero, “sombrio e melancólico”. Na parede, estão pendurados vários retratos, dos quais se destacam três: D. Sebastião, Camões e D. João de Portugal (dono da casa). (p. 177 do manual).
Ato III: a ação decorre na parte baixa do palácio de D. João de Portugal, num casarão “vasto e sem ornato algum”, com acesso à capela da