D. Madalena de Vilhena Casada em segundas núpcias com D. Manuel de Sousa Coutinho, por quem está apaixonada. O seu primeiro marido - D. João de Portugal - desapareceu na Batalha de Alcácer Quibir(1578). Infeliz e angustiada pela incerteza da morte do D. João e pela ideia cristã que considera o casamento como indissolúvel. Atormentada pelo remorso de ter começado a amar D. Manuel ainda casada (cena 10, ato II). É uma personagem romântica, pela sua sensibilidade (sonhadora, tendência para o devaneio) e pela submissão total ao amor que sente por D. Manuel. Maria Filha de D. Madalena e de D. Manuel. Precoce e dotada de uma sensibilidade invulgar - pressente a desgraça. Tem 13 anos. Doente, culta e visionária (cena 4, ato I), curiosa, nacionalista, idealista - caracterização romântica - e sebastianista. D. Manuel Marido de D. Madalena e pai de Maria. Fidalgo, bom português e cavaleiro da Ordem de Malta. Personagem racional e segura de si, que ao ver o seu retrato devorado pelas chamas que ele próprio ateou começa a dar maior importância ao Destino (ato I, cena ). Apresenta um percurso de destruição. Simboliza a luta pela liberdade e pela não subjugação à tirania e um certo nacionalismo. Tem uma caracterização romântica, na medida em que é marcado por um caráter patriótico e intempestivo, que o leva a tomar decisões violentas e inabaláveis, Telmo Pais Aio, não pertence à nobreza. É confidente de D. Madalena e de Maria, fiel dedicado, com tendência a tecer juízos de valor. É a única personagem que não acredita na morte de D. João de Portugal, vivendo dominado pelo sebastianismo. Estabelece uma ligação com o passado, uma vez que testemunha duas fases da vida de D. Madalena. Tem uma fidelidade absoluta para com o seu primeiro senhor, mas o amor extremoso que dedica a Maria causar-lhe-á um momento de hesitação. Tem a função de coro, uma