frei luis de sousa
As rémoras são peixes cuja cabeça, larga e achatada. Necessita de se fixar a animais de largo porte pois é um peixe frágil cuja locomoção é mais fraca devido à adaptação da barbatana dorsal para uma ventosa. Encontram-se em regiões tropicais (tanto em zonas costeiras como fora destas) e em regiões com águas de temperatura elevada a uma profundidade que varia entre os 20 e os 50 metros.
Estes peixes são facilmente identificáveis pela ventosa que apresentam no topo da cabeça mas também pelo seu corpo fino e a sua cor cinzento-escuro ou cinzentoacastanhado. São realmente peixes pequenos, visto que o maior exemplar das oito espécies existentes media 110 cm e pesava 2,3 kg.
Alimenta-se de pequenos crustáceos (caranguejos), lulas, ou peixes pequenos, mas principalmente dos restos das refeições do seu hospedeiro e dos parasitas que vivem na pele do hospedeiro. É normalmente usada como exemplo de comensalismo.
Quanto à reprodução, a desova ocorre na Primavera e no Verão, podendo também ocorrer durante alguns meses de Outono no Mar Mediterrâneo. Após serem fertilizados, os ovos são protegidos por uma concha rígida. Quando os embriões saem do ovo medem entre 0.45 e 0.75 cm, e normalmente vivem até um ano a nadar livremente até desenvolverem a dentição, quando atingem aproximadamente 3 cm de comprimento começam a fixar-se a outros peixes.
Não tem predadores nem parasitas conhecidos e não são considerados uma espécie ameaçada ou protegida, devido à sua abundância um pouco por todo o globo.
CARACTERISTICAS APRESENTADAS NO SERMÃO
Após análise do excerto, conclui-se que o peixe pegador é provavelmente uma rémora.
Retira-se esta conclusão a partir de: “Rodea a Nau o Tubarão nas calmarias da Linha com os seus Pegadores às costas, tão cirzidos com a pele, que mais parecem remendos ou manchas naturais, que os hóspedes, ou companheiros” (Cap.V). O único animal que se conhece na natureza que se pegue às costas dos tubarões é a rémora.