Freenlanrs

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Freelancers abrem espaço nas grandes empresas:

Por que o modelo tradicional de emprego, em que as pessoas trabalham todos os dias para o mesmo patrão, começa a perder espaço nas grandes empresas

Ana Luiza Leal, de EXAME.

O maior benefício para quem contrata temporários é o custo, aliado à flexibilidade. Sem uma força de trabalho fixa, é mais fácil e mais barato embarcar e desembarcar de novos projetos. É natural, portanto, que as empresas deem especial atenção aos temporários em momentos de crise ou de escassez de mão de obra — como acontece no Brasil. “Muitas empresas precisam de gente em pouco tempo para suprir a demanda de projetos de expansão”, afirma Carolina Azevedo, executiva da empresa de recrutamento Michael Page.

Foi o que aconteceu com a fabricante de motores americana Ametek. Depois de crescer em seis meses o que esperava que levaria dois anos, a empresa precisou encontrar com urgência um gerente financeiro no fim de 2011. “Tínhamos pouco tempo para contratar alguém e queríamos ter certeza de escolher o profissional certo para a função”, afirma Rodrigo Pinto, presidente da Ametek no Brasil. Por meio de uma consultoria, ele recrutou a paulista Ludmila Dall’Orto. Ludmila foi efetivada em janeiro.

A produtora de sementes e defensivos agrícolas suíça Syngenta enfrentou uma questão parecida. No ano passado, a equipe de finanças aumentou a carga de trabalho para dar conta, além da rotina usual, de mudanças de processos internos. “Para manter o time concentrado no que era estratégico, chamei temporários para cuidar do básico, como os balanços”, diz Marcos Ashauer, executivo de finanças da Syngenta. Quatro analistas chegaram em julho e ficaram até janeiro.

Algumas empresas começam a adotar freelancers até em sua estrutura fixa de trabalho. É o caso do escritório brasileiro da fabricante de software americana Adobe. Há cinco anos, a subsidiária decidiu pagar freelancers — fotógrafos, ilustradores, editores de vídeo e designers — para apresentar

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