Fração
O autor Leonardo Boff, em 1938, formou-se em Teologia e Filosofia no Brasil e na Alemanha. Durante mais de vinte anos foi professor de Teologia Sistemática no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis. Por vários anos esteve à frente do editorial religioso da Editora Vozes. Junto com outros ajudou a formular a Teologia da Libertação, que por causa desta teve conflitos com a Igreja Católica, sendo proibido de dar aulas por um determinado período e a fazer um ano de silêncio. Mas tarde foi professor de Ética e Filosofia da Religião na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É autor de mais de sessenta livros ligados à teologia, à filosofia, à espiritualidade e a à ecologia, em sua grande maioria publicados pela Editora Vozes. É membro da comissão da Carta da Terra. Em 2002, em razão de seu compromisso com o direito dos pobres, ganhou o prêmio Nobel alternativo para a paz.
O livro conta a história de uma águia que foi crida como galinha, mostrando isso como uma metáfora da condição humana. Na obra nos confrontamos com duas condições da existência humana: o universo da mesmice, da rotina, do limitado que seria a águia.
Esta fábula busca renascer renascer no leitor uma das inquietudes mais nobres do ser humano, que é a eterna busca pelo verdadeiro ser, e a mais preciosa das dádivas divinas: o livre arbítrio, viver segundo a vontade própria de cada um, livre de pressões estabelecidas por outrem. Mostra que não podemos deixar a cultura afogar a águia que existe dentro de cada um e não impedi-la de voar.
A história da águia e da galinha torneia áreas intensas do espírito, indispensáveis para o processo de realização humana: a auto-estima, a capacidade de dar a volta por cima nas dificuldades quase insuperáveis, a criatividade perante as situações que ameaçam a esperança de cada um.
Cada pessoa tem uma estrutura, que em alguns manifesta mais como águia e em