Franz boas - raça e progresso.

Ficha Resumo

Raça e Progresso 1931

BOAS, Franz. Raça e Progresso [1931]. In: CASTRO, Celso (org.). Franz Boas. Antropologia Cultural, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004

Franz Boas, em Raça e progresso (1931) chama atenção para o modo como vem sido tratado os problemas atribuídos às misturas raciais. Estes não levam em conta de forma clara e separada os aspectos biológicos e psicológicos que implicam e motivam as condições sociais e econômicas na população.

Não é possível se constatar características raciais fundamentais e hereditárias para todos de uma mesma população. Assim não pode ser pelos tipos ideais construídos pela abstração generalizante de formas frequentes a uma localidade a base para o estabelecimento de contrapontos entre raças ou identificação da origem desse povo, pois nem todos os indivíduos pertencentes à mesma raça ou localidade se enquadram nessas generalizações.

Quanto às misturas genéticas entre raças não é possível perceber qualquer degeneração ou resultados insatisfatórios. Mesmo havendo motivos orgânicos para o funcionamento mental, a anatomia não determina o comportamento. O organismo se adapta as condições de vida variáveis que está sujeito, logo ritmo do funcionamento corporal pode ser semelhante para raças diferentes que vivem sob as mesmas condições e precisam atender a mesma demanda de adequação.

Como não há provas de diferenças determinadas pela raça, já que essas diferenças não são encontradas em determinada raça onde ela quer que esteja. As diferenças são mais bem explicadas quando analisados o ambiente social, pois elas são pertinentes à cultura, os conflitos sociais e o acesso a determinados espaços, principalmente quando se quer enquadrar o grau de inteligência.

Mesmo tendo certeza que os indivíduos diferem quanto ao seu funcionamento biológico, esse funcionamento pode ser semelhante entre raças diferentes, e diferentes dentro da mesma raça. Logo o fator biológico é mínimo no que diz respeito aos