Fichamento do texto Raça e Progresso [1931]. Franz Boas.
Cultural, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2010
"Se desejamos adotar uma atitude sensata, é necessário separar claramente os aspectos biológicos e psicológicos das implicações sociais e econômicas da questão. Mais ainda, a motivação social daquilo que está acontecendo precisa ser examinada, não do estrito ponto de vista de nossas condições presentes, mas de um ângulo mais amplo." (p.67)
"[...] No linguajar comum, quando falamos de uma raça, queremos denotar um grupo de pessoas que têm em comum algumas características corporais e talvez também mentais. [...]
Em relação a negros e brancos, podemos falar de traços raciais hereditários, à medida que nos referirmos a essas características radicalmente distintas. Em relação aos brancos e asiáticos orientais, a diferença não é tão absoluta, porque podem ser encontrados alguns poucos indivíduos em cada uma dessas raças aos quais essas características raciais não se aplicam bem; por isso não cabe falar, em sentido estrito, de traços raciais hereditários totalmente válidos." (p.68)
"Não é justificável supor que indivíduos que não se encaixem no tipo ideal local, que se constrói a partir de impressões gerais, sejam elementos estrangeiros a essa população, e que sua presença sempre se deva à mistura com tipos alienígenas. Uma característica fundamental de todas as populações é que os indivíduos diferem entre si, e um estudo mais detalhado mostra que isso é válido tanto para os animais quanto para os homens. Nesses casos, não é portanto apropriado falar de traços hereditários no tipo racial como um todo, pois muitos deles também ocorrem em outros tipos raciais. Traços raciais hereditários deveriam ser compartilhados por toda uma população, para que se pudesse realçá-los em contraposição a outras populações." (p.69-70)
"O assunto é bem diferente quando os indivíduos são estudados como membros de