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(*) Trabalho publicado na RPM Nº 6, pág. 32, no primeiro semestre de 1985.
Luiz Roberto Dante
Ao analisar ampla e profundamente o ensino da Matemática em todos os níveis e, em especial nos níveis fundamental e médio, podemos contatar certas ênfases que vêm sendo dadas a este ensino, em detrimento de outras. O objetivo deste trabalho é apresentar estas ênfases, fazer breves comentários a respeito delas e propor mudanças que, para nós, parecem significativas para a melhoria do ensino da Matemática em nossas escolas. Assistindo aulas de Matemática, verificando os cadernos dos estudantes, analisando planejamentos escolares, textos, apostilas, provas e testes aos quais os estudantes são submetidos, constatamos que certos aspectos do ensino da Matemática são supervalorizados e enfatizados, enquanto que outros, que nos parecem mais desejáveis, são negligenciados ou, quando muito, pouco enfatizados. Constatamos as seguintes características:
1. Ênfase nas codificações precoces, na linguagem e no simbolismo, em destino das idéias matemáticas.
Desde a primeira série do ensino fundamental, o aluno é colocado em contacto com a codificação dos números naturais já no sistema de numeração decimal onde, por exemplo, lhe é pedido para escrever números de 1 a 100, sem que ele tenha ainda experienciado a idéia de quantidade. Para explorar de modo mais criativo, por exemplo, a idéia da quantidade cinco podemos solicitar a uma criança que faça um desenho usando cinco traços (uma outra pode verificar se está usando mesmo cinco), que construa algo com cinco blocos, que procure alguma coisa escondida tendo direito a olhar em cinco lugares, que invente uma estória com cinco personagens, que disponha de todas as maneira possíveis cinco tampinhas.
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