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O espaço escolar é composto por diferentes experiências de vida e pontos de vista distintos, ou seja, diferentes culturas.
Alcançar o relativismo de forma ampla no espaço escolar não é uma tarefa fácil. Além das diferenças culturais entre os alunos, existem também uma hierarquia entre os valores pré estabelecidos pela escola, os professores e os alunos.
Quando ocorre uma divergência de opiniões entre os alunos, o professor deve observar o que está acontecendo e dialogar buscando pontos convergentes para os grupos. Mas isso nem sempre acontece. Geralmente o professor tende a tomar o partido de quem ele mais se identifica, e que está mais próximo do seu ponto de vista, de sua cultura, optando por uma postura etnocêntrica.
Desta forma, para que haja a relativização no ambiente escolar deve haver uma constante vigilância no sentido de minimizar imposições etnocêntricas, onde o professor se mantem vigilante às suas decisões.
O ambiente escolar deve ser capaz de estabelecer diálogos entre os diferentes grupos, deixando-os se manifestarem apresentando seus valores.
A partir da valorização de outra culturas é que ocorre o processo de aprendizagem. Raramente aprendemos com o que já conhecemos. O desconhecido é que nos trás outras informações, outras perspectivas a respeito da realidade e do mundo, nos faz pensar sobre a nossa própria cultura.
“Relativizar, portanto, é não transformar a diferença em hierarquia, não valorar aos seres humanos com base em critérios de superioridade e de inferioridade, ou conceber diferentes culturas sob uma perspectiva dicotômica de bem e mal; é preciso vê-las sob sua dimensão de riqueza, o que decorre da diferença.” (Mortari, 2002, p. 34).