Fortaleza contando sua história
Vivemos e nos relacionamos de diferentes formas com a cidade: morando, visitando, conhecendo, desejando, circulando, admirando e transformando. “A cidade espetaculariza a vida cotidiana, dá sentido visual ao mundo das pessoas, das coisas, das trocas”.(SILVA, ano; 85). No Brasil cerca de 75% da população vive em cidades (SILVA,1997: 88). Esse processo de urbanização foi intenso, nos tornamos uma sociedade mais complexa. A verticalização das construções, a disputa pelo espaço, a intensa circulação de bens, pessoas e idéias formam um conjunto de fatores que mostram uma problemática urbana característica dos grandes centros. Porque estudar a cidade? Essa pergunta vem sendo respondida no decorrer dos trabalhos que utilizam esse tema, que vem sendo estudado com abordagens diferenciadas. Mesmo assim, continua sendo um objeto novo, que se modifica e se transforma continuamente. Maurice de Almeida Abreu verificou que existe uma reflexão contínua e crescente sobre a cidade brasileira, desde da época da colonização até os dias de hoje, os núcleos urbanos vem sendo pensados, discutidos e planejados por diversos profissionais, pela sua reconhecida importância econômica, política e cultural. Reflexões e novas dimensões sobre os espaços urbanos construídos se faz presente nesta passagem de séc. XIX e XX, passando a se pensar num controle social a partir do espaço. (Abreu, 1997:37). . Em Fortaleza, assim como em outras cidades do Brasil, aparecem sinais de mudanças nos séc. XIX e XX. A construção do Palácio da Luz, em 1809, sede oficial do Presidente da Província (hoje fica ao lado do calçadão C. Rolim e abriga a Academia Cearense de Letras). A chegada do engenheiro Antônio da Silva Paulet, vindo de Portugal, que elabora a primeira planta urbanística de Fortaleza. Anos depois, 1835, é instalado o Banco Provincial do Ceará, Segunda entidade bancária instalada no país, em 1849 é fundado o primeiro cemitério São Casemiro, que