materialismo historico
O materialismo histórico surgiu no século XIX, e foi primeiramente elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels, esta abordagem fez surgir o “continente” história dentro do “planeta” das ciências humanas. O materialismo histórico defende que o “motor da história” são as lutas de classe, que os acontecimentos históricos são determinados pelas condições materiais da sociedade e as relações dela com os meios de produção. Sendo assim, sempre há uma classe dominante e uma classe dominada, sendo que ambas estão em confronto de interesses, já que uma explora a outra. Esse embate seria “o motor da história”, através do qual se daria o progresso da história e seria a origem das transformações sociais e históricas. Ele busca contar estas transformações, os acontecimentos históricos, de uma perspectiva diferente, busca contar e narrar os acontecimentos históricos de baixo para cima, contando a história dos de baixo, do proletariado, dos oprimidos.
“a noção de luta de classes relaciona-se diretamente a mudança social. É por meio da luta de classes que as principais transformações estruturais são impulsionadas, por isto ela é dita o “motor da história. A classe explorada constitui-se no mais potente agente de mudança.” (Oliveira & Quintaneiro, 1996:81)
Thompson em seu livro A formação da classe operária inglesa, faz uma abordagem das sociedades populares da Inglaterra no século XVIII exatamente por esta perspectiva, materialista histórica, contando o conflito de interesses entre explorados e exploradores. Thompson busca explorar o debate levantado pela Sociedade Londrina de Correspondência (S.L.C.) acerca dos direitos do indivíduo e de como esse debate chegava a cada ponto da sociedade inglesa daquela época, nas igrejas, nos bordeis e etc. Thompson utiliza-se das fontes próprias dos de baixo como cartas trocadas pela S.L.C., panfletos, jornais e revistas.
Para mim, no livro, o principal momento em que podemos observar a abordagem materialista histórica de Thompson é a