Forró

Um mundo povoado de raparigas e baladeiras: A representação da imagem feminina no forró eletrônico

Existem três versões para a origem da palavra forró. A primeira, diz que a palavra provém da expressão africana “forrobodó”, que significa “algazarra”, “festa para a ralé”, “arrasta-pé”. A segunda diz que o forró nasceu no final do século XIX, no nordeste, com a vinda dos ingleses para a construção da ferrovia de Great Western em Pernambuco. Os ingleses realizavam bailes, quando aberto para a população, escreviam na entrada “For All” (para todos). A terceira é parecida com a segunda, mas essas festas seriam realizadas pelos soldados norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial. O termo forró serve tanto para o gênero musical, como para a dança e o baile onde a música é tocada. Da festa surgiu o ritmo. Luiz Gonzaga popularizou o ritmo pelo Brasil na década de 1940. Suas músicas apresentam referências sobre o amor e saudade ao Sertão. Em suas apresentações, vestia chapéu de couro parar representar sua Terra. Além do estilo de Gonzaga, o pé-de-serra, existe o forró eletrônico e universitário. O eletrônico surgiu na década de 1990, com a banda Mastruz com Leite. As músicas abordam temas sobre amor e sexo, e a mistura de instrumentos eletrônicos com os usados no forró pé-de-serra. O figurino também é uma de suas inovações. O forró é uma das únicas danças que é melhor dançar em par, coladinho, estimulando o namoro e acoitando e celebrando o contato erótico dos corpos. Por conta da mídia, para atender a lógica de mercado, o forró fez algumas modificações. O som da música, a relação entre letra e melodia e seu caráter visual. Assim, os artistas se tornam objetos de desejo pelo público. O forró eletrônico é um dos mais vendáveis. Os maiores lucros das bandas vêm dos das turnês. As letras das músicas levam para a sociedade um estereotipo das mulheres, onde a mulher é tratada como produto, mercadoria e objeto. Um exemplo é a banda Saia