1- INTRODUÇÃO No Brasil, a produção de ferro fundido em geral esta baseada em fornos cubilô. Até pouco tempo atrás este tipo de forno não possuía competidor, não só pelo reduzido investimento, como pelo baixo custo do material produzido, podendo ser utilizado tanto no modo intermitente, quando em continuo. [1] Embora atualmente, seja considerado um forno em extinção ainda responde por cerca de 2% de todo o metal produzido - o que equivale dizer algo como 30.000 ton./ano (percentual da produção das fundições que utilizam um único equipamento de fusão). [2] O consumo típico de coque é da ordem de 150 kg/ton. Com isso, o ferro produzido no cubilô pode custar até a metade do obtido em forno elétrico, o que explica a sua não desativação. Ainda apresenta como vantagem o baixíssimo investimento inicial requerido para sua construção, pois é praticamente um forno artesanal. [2] O cubilô pode ser descrito como um forno de cuba vertical, revestida internamente de tijolos refratários. Trabalha com ferro-gusa, sucata de aço e de ferro fundido, calcário (para separar as impurezas), ferro-silício, ferro-manganês e coque (como combustível). Tendo seu funcionando em contracorrente, ou seja, a carga metálica e o coque descem e os gases sobem, onde o carvão/coque tem a função de ser o elemento combustível e o sustentáculo da carga metálica, o metal fundido deposita-se no fundo, onde é escoado por uma calha de vazamento. [1] O mecanismo de fusão do cubilô se baseia na combustão do coque a partir do ar soprado nas ventaneiras, sendo o forno dividido em três regiões: [3] • Zona de cadinho, de combustão (queima do coque) ou de oxidação de elementos como silício e manganês que provocam o superaquecimento do banho; • Zona de Combustão do coque ou de fusão do metal; • Zona de redução, de carga ou de pré-aquecimento da carga metálica. A posição relativa destas zonas depende de três variáveis de operação que são interligadas: pé - ou leito - de coque, coque entre cargas e vazão de ar.