Formação do reino de portugual
1. A Resistência Cristã
Os Muçulmanos ou Mouros chegaram à Península Ibérica no século VIII d.C. (ano de 711), provocando, juntamente com outros povos bárbaros, o declínio do Império
Romano.
Os monarcas dos reinos cristãos que conseguiram resistir à invasão, organizaram-se a norte a fim de expulsarem os Muçulmanos para o Norte de África. E começou a reconquista. A Reconquista Cristã foi feita a partir das Astúrias e outros núcleos de resistência que se formaram junto aos Pirenéus, e foi feita com o objetivo de recuperar/reconquistar as terras perdidas para os Muçulmanos.
A Reconquista foi lenta, com muitos avanços e recuos, com muitos períodos de guerra mas também de paz, momentos em que havia convivência entre os dois povos.
No início no século XI já se tinham formado vários reinos cristãos: Leão, Castela,
Navarra e Aragão (Figura 1).
Os reis cristãos estavam fracos militarmente, e para os auxiliar nas lutas contra os
Muçulmanos pediram a auxílio a outros monarcas europeus, os quais lhes enviaram homens para os ajudar no combate aos Mouros.
Entre os muitos guerreiros que os vieram auxiliar, destacaram-se dois: D. Henrique e D. Raimundo, que auxiliaram o rei de Leão D. Afonso VI. Como recompensa, D.
Afonso VI deu a mão de sua filha D. Teresa a D. Henrique e um território para ele governar – o Condado Portucalense, e deu a mão de sua filha D. Urraca a D. Raimundo e o Condado da Galiza para ele governar.
2. O Condado Portucalense
Durante vários anos, D. Henrique governou o Condado Portucalense (Figura 1), mas sempre subjugado ao rei de Castela D. Afonso VI. Tentou tornar-se independente, mas morreu sem o conseguir (1112), e quem ficou a governar o Condado Portucalense foi D.
Teresa, uma vez que o filho de ambos, Afonso Henriques, ainda era muito novo para governar (tinha apenas 4 anos).
No início, todos aceitaram que D. Teresa ficasse a governar. Mas as suas decisões
não