Formação da União Européia
Durante a a década de 40, a Europa se encontrava na Segunda Guerra Mundial. As potências do continente necessitavam de ferro e carvão para continuar suas campanhas. É nesse cenário que é formada a Benelux, um cartel entre Bélgica, Holanda e Luxemburgo que cobrava o preço máximo pela matéria prima. Essa organização de caráter apenas financeiro foi o início das mudanças que culminaram na formação da União Européia (UE) em 1992.
Na década seguinte, a Benelux sofreu uma mudança de cartel para uma zona de comercialização de carvão e aço. Forma-se a CECA em 1954 com os membros originais da Benelux e também a França, a Alemanha Ocidental e a Itália. Lembramos que a Europa estava sob a ideologia do Plano Marshall que queria garantir um parque industrial no continente e assim fortalecer o lado capitalista da Europa contra a ameaça comunista durante a Guerra Fria.
Em 1957, pelo Tratado de Roma, há uma ampliação das trocas comerciais estabelecidas com a CECA e o caráter de cartel é extinto. Há uma livre circulação de mercadorias nos países membros aumentando a integração do território. É formado o Mercado Comum Europeu (MCE) para a chamada Europa dos 6 (Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Alemanha Ocidental, França e Itália). Já nesse tratado estão os pilares do que seria a União Européia. Ele previa a livre circulação de pessoas, mercadorias e capital, a instalação do Banco Central Europeu, a adoção de uma moeda única e a instalação de um Parlamento Europeu.
Nas décadas de 60 a 80, as ambições do grupo gradualmente se concretizaram. Aos poucos, outros países foram inclusos. A ampliação gradual foi proposital: garantia a estabilidade econômica entre países membros impedindo grandes migrações e a quebra de economias mais fracas no bloco. Aqui vale a comparação com a ALCA, que, sem os mesmos cuidados, transformaria vários países membros em plataformas de exportação, quebrando suas economias.
No final do Mercado Comum Europeu, 12 países eram