Formaçao do classicismo grego
Com o declínio da cultura micénica, a c. 1100 a.C. , devido a invasões bárbaras, o território trácio não formou nenhuma cultura consistente até ao séc. VIII a.C.; não deixou, portanto, muitos registos. Os povos invasores apenas se limitaram a usufruir dos recursos que as civilizações até então tinham desenvolvido, pelo que destruíram grande parte da herança que havia ficado. No entanto, neste período houve um amadurecimento cultural devido à assimilação no território destes novos povos. Estava, portanto, marcado o caminho para a evolução da civilização grega. A civilização grega, nascida dum dos povos invasores — os helenos —, conheceu, a partir do séc. VII, uma ascensão económica desmesurada. Desenvolveu-se fortemente a política e a cultura, e a arte explodiu de uma forma totalmente nova. Relativamente à arte, os gregos exerceram uma influência muito grande na sua orientação na cultura ocidental. Desenvolveram cânones, que eram unidades, regras e valores pré-estabelecidas para a concretização da obra de arte ideal. O belo só existia caso estes cânones fossem aplicados, transformando a arte numa produção exclusivamente racional. A obra de arte grega era muito realista, pelo que a religião não a influenciou de modo algum; antes, a obra era produzida em volta de uma ordem universal. Os gregos introduziram a perspectiva na representação, uma novidade na arte. A arte grega era o reflexo da evolução da civilização. Os objectivos da arte eram procurar a Beleza e Harmonia Universal, conceitos suportados pela filosofia (também introduzida por este povo). Foi esta concepção que originou o Classicismo. Entre os sécs. VII e VI a.C., a civilização grega desenvolveu uma cultura totalmente original: nova concepção do homem e da sua relação com o mundo, a descoberta da racionalidade, a lógica... Vieram mudar totalmente o modo de ver a vida do homem grego. A expansão da civilização grega através de colónias em todo o mediterrâneo, o contacto