Formas De Resistência Escrava (América Hispanica e Portuguesa)
(América Hispânica e Portuguesa)
Setembro
2014Introdução
Com a expansão marítima portuguesa/espanhola vários locais do globo foram colonizados pelos mesmos, entre eles a América. Tais como colônias de exploração tiveram trabalho escravo, não somente escravizando os nativos presentes nas regiões como também trazendo negros da África.
América Portuguesa
Via de regra, a relação entre senhores e escravos mostrava-se bastante tensa. Não era incomum que muitos cativos resistissem à escravidão. Suicídios coletivos na senzala e abortos provocados propositadamente por mães escravas eram eventos bastante recorrentes. A própria capoeira surgiu como uma criativa forma de resistência cultural dos escravos africanos frente à dominação europeia.
A grande maioria desses escravos rebeldes era castigada violentamente. Seus martírios eram normalmente realizados na frente de outros cativos, estratégia adotada por seus senhores justamente para evitar a ocorrência de novas rebeliões.
Outra forma bastante comum de resistência utilizada pelos escravos era a fuga do cativeiro. Aqueles que eram bem-sucedidos normalmente se refugiavam em comunidades clandestinas, os “quilombos”, onde também residiam ex-escravos – os “alforriados” – e trabalhadores livres pobres. Formavam-se, então, comunidades autossuficientes, capazes de produzir, mesmo que ilegalmente, o todo necessário à sobrevivência de seus integrantes.
Palmares foi certamente o maior quilombo existente na América Portuguesa. Localizado na capitania de Pernambuco, alcançou no século XVII o auge do seu desenvolvimento, momento no qual sua população teria atingido o quantitativo de vinte mil quilombolas. Tendo resistido por mais de um século às diversas tentativas de sua destruição, acabou virando um dos grandes símbolos da resistência escrava em terras brasileiras nos tempos coloniais.
América Hispânica
No início do século XIX a América hispânica, inspirada nas ideias liberais do Iluminismo,