Atualmente, a escola enfatiza o trabalho da leitura e da produção de textos, tentando equilibrá-lo com a análise das estruturas da língua e com seu uso. Dessa forma, através da interação com vários gêneros textuais e o intertexto presente neles, o professor pode investigar a experiência anterior do aluno enquanto leitor de palavras e de mundo e seguir pistas deixadas pelo autor no texto para considerar também o implícito. A intertextualidade está ligada ao “conhecimento de mundo” que deve ser compartilhado, ou seja, comum a quem produz e a quem se torna recebedor dos textos. Assim, o conhecimento discursivo de cada sujeito se amplia a partir de uma constante interação com os enunciados de outras pessoas. Dessa forma, um enunciado está repleto de intertextualidade, e o próprio pensamento humano é formado nessa interação dialógica com pensamentos de outrem. Leffa (2006) deixa claro que “nenhum homem é uma ilha; todo homem é parte do continente [...] Viver, portanto, é conviver e a necessidade de convivência aumenta na medida em que evolui a humanidade. Cada vez mais a execução de uma tarefa depende da interação com os outros”. Essa necessidade de comunicação que o autor coloca nos leva a pensar que para viver em um mundo globalizado, o homem precisa participar da constante evolução da humanidade tornando-se sujeito ativo deste processo. Portanto, precisamos estar conscientes do que está a nossa volta, para que possamos passar de meros expectadores a personagens do processo evolutivo. Uma das habilidades que propicia grande interação e criticidade, em relação a si próprio e ao mundo, é a leitura. No que se refere ao ambiente escolar, uma das formas de familiarizar os estudantes com a leitura é a literatura infantil, já que esta proporciona um contato quase que imediato com recursos que ainda não haviam sido proporcionados aos estudantes no período pré-escolar. As histórias na área do maravilhoso, dos contos de fadas, das fábulas, dos mitos e das lendas têm