Formador
Através do contacto directo com os colegas e formandos e das conversas informais que mantivemos, apercebi-me que a maioria sentia, tal como eu, dificuldades durante o estágio e imensos receios em relação às suas práticas no início da carreira profissional.
Entendendo que a formação de desenvolvimento pessoal e social de futuros formadores é uma prática educativa que deve desenvolver-se e basear-se em métodos activos, facilitadores da aquisição de atitudes, que propiciem esse desenvolvimento e, ao mesmo tempo, induzam a participação.
Relativamente ao papel do formador cabe dizer que não é só o de transmissão de conhecimentos — é também e sobretudo o de despertar a criatividade, a capacidade crítica, o de ser intermediário entre formador e formando. Estes devem ser os objectivos de todos aqueles que estão verdadeiramente interessados em educar para formar pessoas mais capazes, mais autónomas e mais felizes.
Formar não é fácil e o formador tem de ser um bom animador, motivando os seus formandos para conteúdos e actividades que interessam, a fim de neles se empenharem. Deve-se gostar de criar e experimentar soluções diferentes e ter em mente que a nossa missão não é apenas a de instruir, mas também a de educar e socializar, porque só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo.
Os fenómenos de mudança não podem ser ignorados pela educação e formação. Num tempo em que as universidades se batem por uma procura contínua de qualidade, considero ser a altura ideal para apostar em projectos práticos de intervenção, que apontem, de modo fundamentado, formas e estratégias