Forma O Econ Mica Do Brasil Caps
Bruno Gabriel Witzel de Souza
Celso Furtado
Capítulo XIII – Povoamento e articulação das regiões meridionais:
A idéia premente apresentada por Furtado neste capítulo é a de que, frente à crise metropolitana e colonial decorrente da queda dos preços no mercado internacional dos produtos tropicais (que, por sua vez, origina-se da concorrência anglo-francesa), fez da busca por metais preciosos a única saída econômica possível. Assim, é argumentado que a Coroa passou a fornecer aos paulistas, já conhecedores amplos do sertão, os recursos para que desenvolvessem as habilidades técnicas necessárias para que encontrassem ouro. Ou seja, os bandeirantes paulistas não haviam encontrado metais até então pela carência de conhecimento técnico para tanto; estimulados pela Coroa, não tardariam a encontrar este fim necessário àquelas economias decadentes.
Na seqüência, são ressaltadas algumas características da exploração mineratória, contrapostas àquelas existentes na lavoura açucareira.
O primeiro ponto mais evidente é o perfil do colonizador para cada caso. a lavoura açucareira exigia grandes investimentos em capital fixo, ou seja, era uma atividade da qual podiam participar apenas aqueles que dispusessem de um capital suficientemente grande para ser invertido fixamente na colônia. O mesmo não se dava com a mineração: a divisibilidade do capital permitia que se operasse nas lavras com muitos, poucos ou nenhum escravo, além de se necessitar de pequenos investimentos fixos (investimentos estes que eram evitados sempre que possível, dado o caráter de esgotamento relativamente rápido das lavras).
Dado o perfil diferenciado que era requerido do colonizador, observou-se uma gigantesca onda emigratória de
Portugal. Não se pode precisar o total de pessoas advindas da metrópole para as minas à época, mas dado que houve em Portugal escassez de mão-de-obra em um contexto de crise econômica, pode-se estimar que o número foi realmente alto. O ponto interessante