Forma O De Palavras
O livro está dividido por capítulos e cada um trás abordagem descritiva com questões essenciais sobre a formação de palavras em português. No primeiro capítulo que tem como temática derivação e composição, o autor trata sobre como é constituído o acervo lexical da língua portuguesa. Em sua maioria as palavras são herdadas do latim, mas possuem também vocábulos formados em nosso próprio idioma. Quando um vocábulo é formado de um só radical, a que se anexam afixos (prefixos e sufixos), têm-se a derivação: repor ( = re- (pref.) + pôr) / felizmente ( = feliz + -mente (suf.))
A composição ocorre quando dois ou mais radicais se combinam: amor-perfeito / guarda-chuva
Verifica-se, contudo, que certos prefixos em nossa língua têm uso autônomo, como se fossem preposições: é o caso de contra- e entre-: contrapor / José está contra os colegas. entreabrir / ficou entre a cruz e a espada (p. 7,8,9)
A diferença entre prefixos e sufixos, contudo não é meramente distribucional. Os prefixos, ao contrário dos sufixos, só se agregam a verbos e a adjetivos, que são uma espécie de vocábulo associado ao vero. Lembremos a titulo de exemplo, que o particípio passado se flexiona em gênero e número, à semelhança do adjetivo: construído / construída / construídos / construídas
Certos verbos equivalem a um verbo de ligação seguido de um adjetivo em função de predicativo: envelhecer = ficar velho / hesitar = estar hesitante
Em alguns verbos formados por prefixação, o complemento verbal aparece regido de preposição igual ao prefixo: conviver com... / depender de... / encarcerar em... (p.8,9)
O segundo capítulo apresenta a derivação prefixal e sufixal, que os permite uma analise dos constituintes imediatos da sintaxe que designam como conjunto SN (sintagma nominal) e SV (sintagma verbal). De acordo com o autor, o SN é constituído de dois elementos e não oferece dificuldade de segmentação, ou seja, é formado por um artigo e um substantivo. O