Fordismo e Toyotismo
- A expressão se refere ao modelo de produção desenvolvido por Henry Ford em 1913: produção em massa com consumo em massa.
- Ford verticalizou a produção, isto é, ele produzia quase tudo o que precisava para construir seus carros, desde os vidros, até seringueiras e a siderurgia (manipulação do metal). Este modelo não é mais utilizado hoje na maior parte da indústria automobilística. As indústrias são chamadas de montadoras exatamente porque compram a maioria dos componentes dos carros que produzem com fabricantes especializados (farol, injeção eletrônica, pneus, rodas, vidros, chapas, etc.).
- Seu conceito de que “todo” americano poderia ter um carro Ford impulsionou outras indústrias para também fazer o mesmo com seus próprios produtos.
- As indústrias textil, de siderúrgia e de combustível foram as que mais foram influenciadas por aquele novo modelo de produção e de consumo.
- Em seguida, outras indústrias também aderiram ao modelo: alimentos e bebidas.
- O fordismo é acusado de ser responsável pela criação de um modelo de consumo irracional que privilegia a exploração do trabalhador e dos recursos (principalmente os recursos naturais), sem se preocupar com o descarte (poluição) ou o endividamento do cidadão que compra mais do que necessita.
“Michel Aglietta identificou o fordismo como princípio de regulação de um regime de acumulação macrossocial que envolve formas específicas da produção capitalista e normas de consumo social. Aglietta atribui a Grande Depressão ao desenvolvimento inicial desequilibrado de um regime de acumulação intensiva que revolucionou as forças produtivas nos Estados Unidos, sem simultaneamente transformar as formas de consumo social e as reais condições de vida dos trabalhadores industriais. O resultado, diz Aglietta, foi um catastrófico desequilíbrio econômico, pois o setor de produção de bens cresceu muito mais rapidamente que o setor de consumo. Na perspectiva do autor, após a Segunda Guerra Mundial, o fordismo