fora de estrda
O caminhão fora de estrada é um tipo de equipamento que só pode ser encontrado em lugares como as minas de ferro da Vale. Para entrar em um deles é preciso fazer esforço. A cabine do operador, como são chamados os 525 motoristas do caminhão, encontra-se no alto de uma íngreme escada de 16 degraus. Dentro dela, o conforto é total: banco ergométrico para não cansar o operador (e um improvisado para os caronas), ar-condicionado (num local onde a temperatura faz, em média, 32º Celsius) e duas telas de computador. Elas trazem dois tipos de informação: a primeira é a missão do dia. Ou seja, para qual frente de exploração o operador deve se dirigir. A segunda transmite imagens captadas por uma câmara instalada na parte traseira do veículo e que ajuda o operador a dirigi-lo.
À primeira vista, operar um caminhão fora de estrada não parece difícil. A direção é hidráulica, e o veículo é semi-automático – ou seja, não é preciso pisar na embreagem para trocar de marcha. A velocidade também não assusta: ele atinge apenas 40 quilômetros por hora. A dificuldade está nas dimensões. “A visibilidade é muito ruim”, diz Ádila de Oliveira, 23 anos, que é operadora de caminhão fora de estrada há três anos e que não tinha carteira de habilitação quando foi contratada para trabalhar na