Fonologia da língua de sinais
Na unidade 4, intitulada ‘Fonologia da língua de sinais’ Lodenir Karnopp tem como principal objetivo apresentar tanto aspectos fonéticos como também fonológicos da Libras (Língua Brasileira de Sinais), enfatizando os movimentos das mãos e localizações existentes, que a autora chama de unidade formacionais do sinal. Em libras, é importante salientar que a comunicação se dá basicamente pelos aspectos gestuais-visuais, ou seja, as informações são recebidas pelos olhos e pelos gestos feitos pelas mãos do indivíduo. Já o termo fonologia não é somente utilizado pelas línguas orais, porém Stokoe (precursor que lutou para a ampliação da libras), teve a ideia da criação de um novo termo, chamado ‘Quirema’, que abrange todos esses movimentos subjacentes, que deriva do grego ‘quirologia / estudo das mãos’. Num próximo momento do texto, Karnopp nos apresenta que na língua aqui estudada, os articuladores primários são as mãos, que se articulam no espaço neutro ou mantendo contato com o corpo do falante. O uso de qualquer mão (direita ou esquerda) não interfere no entendimento da comunicação, cada indivíduo deve realizar os movimentos com aquele lado que tem mais aptidão ou preferência, lembrando que ainda assim devemos tomar cuidado, pois a libras tem seu léxico e sua gramática própria, que difere da linguagem oral. Retomando a Stokoe, este ainda criou um parâmetro que vemos no seguinte trecho “ propôs um esquema lingüístico estrutural para analisar a formação dos sinais e propôs a divisão de sinais na ASL em três aspectos ou parâmetros que não carregam significados isoladamente, a saber: a) Configuração de Mão ( CM) ; b) Locação de Mão (L); c) Movimento de mão (M). Com estes