Folksonomia
A folksonomia facilita a construção de um mapa dos desejos dos usuários e de seu universo semântico. Ao analisar uma nuvem de tags, por exemplo, teremos uma lista das palavras mais buscadas pelos usuários. Isto não acrescenta qualidade ao conteúdo, mas representa desejos e informações buscadas e metadados aplicados por uma média de usuários.
Como metadado, no entanto, é preciso tratá-lo e contextualizá-lo num processo de descrição de um recurso digital. Sem isso, o processo de tagueamento pode ser um desastre. Por outro lado, se bem administrado ele pode dar um gostinho de web semântica, possibilitando inferências variadas com respostas mais efetivas. Logo, a folksonomia pode ser vista como um novo paradigma de classificação, que respeita diferenças culturais, semânticas e pessoais de quem utilizou e classificou determinada informação. Ela possibilita que os usuários da informação atribuam os termos para a indexação colaborativa dos conteúdos como eles os vêem.
O impacto da folksonomia nos metadados é que cria esse paradigma e origina uma abordagem de organização dos recursos da web, ou como dizem uma etnoclassificação, isto é, a classificação popular. Mas esse é só um campo de metadado. O Dublin Core, um padrão de metadados proposto internacionalmente e que é base do projeto de implementação da web semântica possui 15 campos mínimos.
Prefiro conceituar a folksonomia como uma taxonomia dinâmica, social e temporal ao mesmo tempo. Ela representa através dos termos propostos perfis diferentes que surgem do cruzamento analítico desses termos. Se estiver errado alguém me corrija, mas acredito piamente que a folksonomia é a vivência do usuário representado na classificação,