Folder Direitos Humanos
ACADEMICAS
Manaus – AM
2015
Vivemos em uma sociedade capitalista fundada na desigualdade social e em diferentes formas de opressão, como o patriarcado, o sexismo, o racismo, a xenofobia, a homofobia/lesbofobia e a transfobia. Trata-se de uma sociabilidade que cotidianamente interdita o desenvolvimento das potencialidades humanas. Na sociedade brasileira, na qual impera esta lógica geradora de desigualdade e restritiva da liberdade, cotidianamente nos deparamos com múltiplas expressões da violência, que atingem um público muito diverso - mulheres, homens, trabalhadores, estudantes, idosos, crianças, adolescentes, pessoas com deficiência, população LGBT, negra e em situação de rua, etc. Para ilustrar, seguem alguns dados disponíveis sobre múltiplas expressões da violência no Brasil.
Sabemos que o atendimento às necessidades humanas não ocorre sob o metabolismo do capital; é por isto que não nos rendemos às perspectivas fatalistas que se conformam com a ideia de que não existe alternativa à mundialização capitalista. Permanecemos acreditando que a história é uma arena fértil, aberta de possibilidades, e dessa forma seguimos lutando pela emancipação humana. A defesa da ampliação de direitos comparece como mediação estratégica no âmbito dessa sociabilidade, permeada pela dinâmica da luta de classes, numa relação complexa, que envolve disputas político-ideológicas quanto ao projeto societário que se deseja afirmar. E é nessa perspectiva que, na história do serviço social brasileiro, a luta por direitos faz parte da agenda das entidades representativas, desde o final dos anos 1970. A luta por melhores condições de trabalho, como todas as lutas da classe trabalhadora, constitui uma pauta permanente, daí a importante conquista da Lei 12.317/2010, que garante direito à redução da jornada de trabalho de assistentes sociais sem redução dos