Folclore Brasileiro
As inúmeras manifestações dessa natureza são reconhecíveis nas lendas, superstições, danças, vestimentas, na alimentação, no artesanato, nos mitos e utensílios do povo. Mas há muito mais: as comemorações, os tecidos, as rendas, os adornos de miçangas e penas, os objetos de cerâmica, madeira e couro.
Com a crescente urbanização e industrialização das cidades das regiões Sul e Sudeste do Brasil, as manifestações folclóricas minguaram e não estão tão presentes no dia-a-dia dessas regiões. Em compensação, no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil muitas tradições mantêm-se mais vivas do que nunca.
Para facilitar a compreensão da grande quantidade de informações relativas ao folclore brasileiro, serão apontados alguns exemplos de suas manifestações, explicando-as de acordo com a temática e a região a que estão vinculadas.
Algumas de nossas festas mais famosas são o Carnaval, as festas juninas, a Folia de Reis, o Círio de Nazaré e o bumba-meu-boi.
O Saci-Pererê - É difícil alguém desconhecer a figura mitológica do Saci-Pererê. Personagem de vários livros, começou a aparecer na literatura no final do século XVIII e a partir daí nunca mais se retirou do universo fantástico da cultura popular.
O Saci-Pererê é um menino negro de uma perna só que fuma cachimbo e usa um gorro vermelho, que lhe dá poderes mágicos, inclusive o de tornar-se invisível. Tem a predileção de provocar as pessoas por meio de suas travessuras favoritas: perturbar a vida doméstica, apagando o fogo ou queimando os alimentos; esconder objetos nos momentos em que mais se precisa deles; espantar o gado; assustar viajantes solitários nas estradas com gargalhadas e assobios; trançar rabos e crinas de cavalos.
Sua presença é mais constante no folclore do Sul do país, especialmente nas regiões habitadas pelos tupi-guarani, de cujo idioma nasce o nome. Acredita-se que para se apanhar um saci deve ser usado um rosário, uma peneira ou dar três nós num pedaço de palha.