fogo morto
A obra é dividida em três partes que se ligam e se completam: O mestre José Amaro, O engenho do Seu Lula, e O Capitão Vitorino.
Três historias com personagens trágicos. É um romance recheado de tristeza, loucura, e drama.
Primeira parte
O mestre José Amaro – Um pobre artesão que trabalha com couro moldando selas para cavalo, fivelas, e etc. Que mora nas terras do Engenho de Santa Fé, que pertence ao coronel Lula de Holanda Chacon. José Amaro é um homem triste e que não se curva a soberania dos senhores de engenho, sendo assim considerado arrogante pelo fato de se recusar a trabalhar para o pessoal da Santa Rosa, engenho do coronel José Paulino, com quem tinha suas diferenças, e viver sempre com raiva dizendo que não leva grito de ninguém. Ele manifesta essa rejeição aos poderosos e à ordem constituída, quando vira informante do bando de cangaceiros chefiado por Antonio Silvino a quem admira.
Também como não ter raiva, Sinhá sua esposa casou-se com Mestre Zé para não ficar moça velha, como ia ficando sua filha com trinta anos solteira. Sinhá toda vida obedeceu ao marido sem assim exercer sua vontade. A única coisa que a prendia ali era sua filha Marta, que era o alvo de ataques do marido que a cada dia piorava. As atitudes desordenadas do seleiro foram aos poucos criando um sentimento de medo por parte da Sinhá, que percebia que o marido estava ficando mais agressivo e distante. E ainda havia uma historia de ele ser um lobisomem.
O homem amargurado, pois sua esposa não havia lhe dado um filho. Ao invés disso deu uma filha, Marta, que por qualquer coisa chorava. A angústia com a vida que José Amaro levava foi aumentando e na tentativa de aliviá-la, passou a dar passeios pela noite. Fazendo assim com sua aparência descuidada aumentar sua fama de que havia se transformado em lobisomem.
O mestre irrita-se com o Coronel Lula de Holanda, dono das terras em que mora, e que sempre vê cruzando a estrada, sem jamais parar para cumprimentá-lo. Sendo assim, vai