RENASCIMENTO No final da Idade Média (séc. XIV e XV), graças à ascensão de alguns centros comerciais italianos (Veneza, Nápoles, Florença, entre outros), houve um grande desenvolvimento nas navegações, pois os comerciantes precisavam de novos mercados para vender seus produtos. Em busca desses mercados, Cristóvão Colombo chega à América (1492) e Pedro Álvares Cabral ao Brasil (1500). Com o fortalecimento do comércio, o Feudalismo entrou em decadência e muitos comerciantes adquiriram verdadeiras fortunas, intervindo de forma direta na política. Eles encontraram nas letras e nas artes uma forma de prestígio, mas sempre com o intuito de ostentar o poder. Foi assim que os mecenas, nobres comerciantes que protegiam os artistas e empregavam suas riquezas nas artes e nos estudos, promoveram um grande desenvolvimento intelectual. O que importava era voltar às fontes da cultura clássica e fazer “renascer” (daí o nome Renascimento) o esplêndido legado deixado pelos gregos e romanos à humanidade. Na verdade, o Renascimento foi um movimento da História muito mais amplo e complexo do que um simples reviver da antiga cultura greco-romana. Ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura, das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo – movimento intelectual que colocava o homem como centro do Universo, tendo como propósito desenvolver no homem o espírito crítico e a confiança em si mesmo – foi sem dúvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Os intelectuais passaram, então, a questionar a autoridade da Igreja e atribuíram maior importância ao ser humano e à razão. Nem por isso o Cristianismo deixou de ser a religião dominante na Europa desse período, mas o homem já não era mais o mesmo. Agora ele tinha consciência do seu próprio valor. Essa percepção de si mesmo fez com que os tesouros artísticos e literários da Antiguidade greco-romana