Fobia social e depress o
A fobia social - também conhecida como transtorno de ansiedade social - tem sido considerada um grave problema de saúde mental pela alta prevalência e características incapacitantes. Conforme os critérios diagnósticos do DSM-IV (APA, 1994), os indivíduos com fobia social manifestam uma ansiedade clinicamente significativa provocada pela exposição a certos tipos de situações sociais ou de desempenho.
Ela se caracteriza por medo/ansiedade excessivos diante das situações sociais (Nardi, 2000), acarretando prejuízos graves nos diferentes âmbitos da vida do indivíduo, como trabalho, escolaridade, atividades sociais etc. (D'el Rey & Pacini, 2005). Os indivíduos apresentam um padrão de comportamento inadequado, temendo agir ou mostrar sintomas de ansiedade que lhe sejam humilhantes e embaraçosos; consequentemente, evitam essas situações ou as suportam com intenso sofrimento. A ansiedade que surge em situações de interação social também é usualmente acompanhada por sintomas somáticos agudos, que incluem taquicardia, sudorese, tremor, rubor, distúrbios gastrintestinais e dor de cabeça.
Há dois subtipos de fobia social: o generalizado e o circunscrito (ou não-generalizado). O primeiro subtipo é o mais incapacitante. Os indivíduos sofrem de maior comprometimento e de ansiedade mais grave relacionada tanto a situações de desempenho quanto a situações que requerem interação. O segundo subtipo é restrito a uma ou duas situações, em geral ligada(s) ao desempenho - por exemplo: falar em público, escrever ou comer na frente de outras pessoas (Knijnik, Kruter, Cordioli, & Kapczinski, 2005). Apesar dessas classificações, em ambos os subtipos, a saúde geral do indivíduo fica comprometida.
Alguns estudos relatam que esse transtorno tipicamente inicia-se em uma fase intermediária da adolescência, segue um curso crônico e traz sofrimento e impacto negativo sobre a vida de seus portadores (Vilete, Coutinho, &