Fluxograma de Dengue
Entre janeiro e julho de 2014, Campinas notificou 40.702 casos de dengue, sendo as regiões noroeste (10.174/25,0%) e sudoeste (9.281/22,8%), as mais afetadas. A atuação das equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) no controle da epidemia foi fundamental, realizando diagnóstico precoce, notificação, acompanhamento dos casos e busca de sintomáticos. Estudantes do segundo ano do curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic atuaram em 07 Unidades de APS nestas regiões, na disciplina Saúde da Família e Comunidade.
Objetivo
Descrever o processo de inserção dos estudantes no fluxo de atendimento, de educação em saúde e de gestão do cuidado dos pacientes com suspeita de dengue em uma unidade de APS.
Metodologia
Os estudantes observaram e registraram o fluxo de atendimento dos pacientes com suspeita de dengue nos períodos da manhã e tarde, realizaram atividades de sala de espera, ações de educação em saúde e auxiliaram nos atendimentos.
Resultados
O usuário encaminhava-se à recepção, onde havia um recepcionista e um auxiliar de enfermagem, que realizava a primeira triagem – identificação de sintomas de dengue. Se positiva, passaria por segunda triagem, por outro auxiliar de enfermagem. Presença de febre e dois sinais ou sintomas da dengue, o auxiliar classificava o paciente nos grupos de risco A, B, C ou D, conforme protocolo de Dengue. Era realizada notificação, orientações dos sinais de alerta e reidratação oral. O usuário aguardava atendimento do enfermeiro (grupo A) ou médico (grupos B, C ou D). O hemograma foi solicitado para pacientes dos grupos A e B; os grupos C e D eram encaminhados ao hospital referência. Os retornos dos pacientes do grupo A aconteciam se sinais de alerta ou hemograma apresentasse plaquetas abaixo 100.000; caso não apresentasse alterações, retornaria em 6 dias. Pacientes do grupo B, com plaquetopenia, retornaria em 24 horas, e grupos C e D, após internação. Verificou-se que no período da manhã não existia o