Fluxo de renda
A base geográfica da economia mineira estava situada numa vasta região compreendida entre a serra da Mantiqueira, no atual Estado de Minas, e a região de Cuiabá, no Mato Grosso, passando por Goiás.
Em algumas regiões a curva de produção subiu e baixou rapidamente provocando grandes fluxos e refluxos de população; noutras, essa curva foi menos abrupta tornando-se possível um desenvolvimento demográfico mais regular e a fixação definitiva de núcleos importantes de população. A renda média dessa economia, isto é, sua produtividade média, é algo que dificilmente pode se definir. Em dados momentos deveria alcançar pontos altíssimos em uma sub-região, e, quanto mais altos fossem esses pontos, maiores seriam as quedas subseqüentes. Os depósitos de aluvião se esgotam tanto mais rapidamente quanto é mais fácil sua exploração. Dessa forma, as regiões mais “ricas” se incluem entre as de vida produtiva mais curta.
A exportação do ouro alcançou seu ponto máximo em torno de 1760, quando atingiu cerca de 2,5 milhões de libras. Mas, o declínio foi rápido, por volta de 1780 já não alcançava 1 milhão de libras. O apogeu da economia mineira foi compreendido entre 1750 a 1760 onde a exportação se manteve em torno de 2 milhões de libras. Admitindo-se que quatro quintas parte do valor do ouro exportado corresponde a renda criada na região mineira, e que esta se traduzia em igual valor de importação fosse 0,5 o total de renda anual da economia mineira não seria superior a 3,6 milhões de libras na etapa da grande prosperidade. A população mineira da época era inferior a 300 mil pessoas, se depreende que a renda média era substancialmente inferior à que conhecera a economia açucareira na sua etapa de grande prosperidade.
A renda média da economia mineira era mais baixa que a da região do açúcar, pois seu mercado apresentava potencialidades muito maiores. Suas dimensões absolutas eram superiores, pois as importações representavam menor proporção do dispêndio total. E