Fluxo de Pot ncia
O fluxo de potência ou fluxo de carga de uma rede elétrica consiste na determinação do estado estacionário da rede, ou seja, em condições de regime permanente. Este se baseia na obtenção dos valores de tensão em módulo e ângulo em todas as barras ou nós do sistema, o que torna possível o cálculo de outras variáveis de interesse, como, por exemplo, os fluxos de potência nas linhas de transmissão, transformadores, etc.
A resolução do problema do fluxo de potência, através do método de Newton-Raphson, tem como objetivo principal determinar as variáveis de estado de um sistema. É necessário conhecimento prévio da topologia da rede, bem como as constantes elétricas dos componentes elétricos do sistema, a demanda das cargas e as tensões dos geradores que as fomentam. Até o final da década de 40, e mesmo durante grande parte da década de 50, as simulações de fluxo de potência eram feitas mediante modelos reduzidos dos sistemas de potência, os quais ficaram conhecidos como analisadores de redes. Além do grande trabalho que era exigido para se obter o ajuste inicial da configuração, também era lenta a etapa de análise, pois exigia a leitura de diversos instrumentos de medição e a anotação dos valores correspondentes sobre um diagrama elétrico traçado no papel.
Com o surgimento dos computadores digitais durante a década de 50, os analisadores de rede foram sendo substituídos por programas capazes de realizar simulações que representassem numericamente o comportamento dos sistemas elétricos de potência (STAGG, 1979).
Atualmente, os sistemas elétricos de potência, em especial o Sistema Interligado Nacional, tendem a funcionar nos limites de operação. Isso ocorre devido à expansão contínua de carga nos centros consumidores, associada às restrições ambientais e econômicas para construção de novas usinas geradoras de energia elétrica e à expansão de linhas de transmissão. Consequentemente, as redes de transmissão e distribuição vêm enfrentando problemas críticos