Fluidez na leitura
A fluidez na leitura
O PAPEL DOS OLHOS NA LEITURA Na opinião de José Brunet e Alain Défalque( 1989 :24), um bom leitor lê bem em todas as formas de comunicação escrita. Seja qual for o suporte em que se apresente a leitura, capta correcta e facilmente o seu conteúdo. Para isso, ele, o leitor, precisa possuir uma habilidade visual que responda às exigências da leitura escrita. Um pouco de história sobre o estudo dos movimentos dos olhos no acto de ler: Émile Javal é reconhecido por todos, como o pai do estudo experimental no processo de leitura. Descobriu que o movimento horizontal dos olhos durante a leitura, longe de ser contínuo, realiza-se por sacudidelas. Lamare, ajudante de Javal, vai mais longe e procura descobrir quantas letras pode caber em cada “corte”, ou seja, saber o número de letras que se podem ler de uma só vez e a extensão que ocupam. Rapidamente se notou ser insuficiente a mera observação dos olhos e procurou-se obter registos e gravações gráficas mais precisas. a) o método do espelho – já utilizado pela equipa de Javal, permitia ver e contar os movimentos dos olhos. O leitor senta-se a uma mesa onde está um livro e à frente deste um espelho. O observador, sentado junto ao leitor, segue no espelho os movimentos dos olhos e conta o número de paragens ou fixações do olho em cada linha do texto. b) Método Miles- Em 1928, o «Peep Hole Method» de Miles , renovou o método de observação directa. Cola-se um texto impresso numa ficha de cartão. No meio da página, no espaço entre linhas, abre-se um pequeno orifício. O observador coloca-se por trás dessa página e através do orifício, segue o movimento dos olhos do leitor. Mais tarde este método aperfeiçoou-se utilizando o «telescópio».
Contudo esta observação directa apresentava resultados imprecisos e de alcance limitado e a investigação encaminhou-se para métodos de