floresta

A partir do século XVI, quando a Europa, sustentada pela expansão marítimo-comercial, encontrava-se em pleno crescimento demográfico, houve um interesse proeminente em discutir a população humana sob o vieses, principalmente, político e econômico, mas com fundamentos depois incorporados à ecologia. Neste contexto, podemos citar Nicolo Machiavelli (1469-1527) de Florença, que enfatiza os perigos da superpopulação humana citando o espaço como fator limitante, e Giovanni Botero (1544-1617), que postulou acerca do crescimento populacional geométrico, ou seja, que a população humana duplicava a intervalos de tempo iguais. Neste período também foram importantes os trabalhos do comerciante inglês John Grant (1620-1674), que estabeleceu as bases científicas da estatística. Seus estudos tiveram como interesse inicial registrar, em tabelas, as mortes provocadas pela peste que assolava a cidade de Londres. Todavia, também levantou (e tabulou) outras questões, tais como: qual o tamanho da população da cidade e como ela aumentava? Por que os enterros superam os batismos em Londres, enquanto o contrário ocorre no campo?
As informações geradas pelos trabalhos de Grant serviram para prever a ocorrência de epidemias e estimar a taxa de crescimento da população, mencionando também o fato de que esta possuía um crescimento geométrico potencial, mas que existia uma limitação imposta ao crescimento.
No século seguinte, o reverendo Thomas Robert Malthus (1766-1834), alertou para o fato de que, enquanto a população mantém o crescimento geométrico, os alimentos crescem de forma aritmética, e que isso poderia acarretar em crises de fome e pestes. Este economista britânico publicou em 1798 um “Ensaio sobre o princípio da população”, livro que representou um marco para os biólogos e incentivou a proposição do controle de natalidade no século XIX.
No século XVIII o conhecimento da área biológica tomou força e contribuiu substancialmente para alavancar a ecologia, como, por exemplo, os