FLEURY
Nesse capítulo, Laurent Fleury propõe uma discussão sobre o papel dos Sociólogos da Cultura na produção dessa temática. Citando os estudos de Max Weber e Georg Simmel, o autor considera esses dois estudiosos alemães como percussores entre os fundadores da Sociologia. Weber concebe a sociologia da cultura no cerne de sua exploração das formas de racionalização das grandes civilizações. Já em Simmel, com posicionamento igualmente a cultura no âmago de sua sociologia, tanto em sua exploração das significações culturais do dinheiro quanto na elaboração de seu conceito de “tragédia cultural”, ou ainda nos escritos que dedica à arte e à cultura.
As teses de Weber influenciou muitos autores com diversas tradições culturais, destacando os da Escola de Frankfurt através de Adorno e Horkheimer com suas análises sobre a produção e o desenvolvimento da cultura na sociedade industrial. Em Simmel com suas discussões sobre modernidade inspirou as teses matizadas de Walter Benjamim. A partir disso, foram formuladas as teses da Teoria Crítica como discussões principais da Escola de Frankfurt.
Já na Inglaterra com o avanço dos cultural studies, carregados de um pragamatismo alérgico aos esquemas teóricos, a cultura foi repensada numa discussão de reorganização da sociedade industrial. Com as críticas feitas por Raymond Williams a sociedade cultural burguesa sobre o estilo material e as classes do século XX, vários autores propuseram avanços dentro dessa discussão sobre o popular e o erudito como os autores Stuart Hall e Edward Thompson.
Na França com articulação com o governo, a sociologia da cultura envolveu-se em pesquisas empíricas encomendadas para Pierre Bourdieu sobre a frequência e a presença das pessoas dos espaços de artes como museus. Inaugurando uma nova de pensar a cultura, Bourdieu se tornou importante para o avanço