FIXAMENTO: LINGUAGEM E SEUS SONS

MAIA, Eleonora Motta. No Reino da Fala: A linguagem e seus sons. 3.ª edição. São Paulo: Editora ática, 1981. Série Fundamentos. O primeiro capítulo, Descobrindo a fala, inicia com uma pergunta, “Você já pensou num mundo sem linguagem?” (MAIA, 1981, p.5), e mostra o quanto a linguagem é importante na sociedade, indagando a diferença entre linguagem e comunicação que se assemelham por estabelecerem o mesmo efeito e se diferem por utilizarem formas diferentes, isso fica mais claro no exemplo do rito sendo forma de comunicação e a fala forma de linguagem, como mostra o trecho:

Só deve ser considerado o mesmo aquilo que tiver componentes semelhantes analogamente relacionados entre si. Nesse caso, é porque não há nada no rito que se assemelhe obviamente às palavras e às frases que você decide separá-lo da fala e da escrita. (MAIA, 1981, P.6)

Se definirmos que tudo pode funcionar como linguagem, estamos no ramo da Semiótica, que é a ciência que estuda os signos, e se definirmos a linguagem como fala ou escrita, estamos no ramo da Linguística, que é a ciência que estuda a língua e se torna mais estreita que a semiótica. Se a linguagem desperta interesse, seja por questão de carreira ou mesmo curiosidade, é sempre bom saber um pouco mais a respeito. Quando se refere ao estudo da linguagem é comum achar que o foco é a fala, embora tendo que considerar os casos em que fala é ausente em um mundo que há linguagem. Mas o estudo da linguagem pode ter ou não exatidão, por exemplo uma máquina que sempre executa as mesmas operações e uma obra de arte que tem vários significados dependendo de cada interpretação. Além disso existem as línguas naturais que são aquelas apresentadas inicialmente ao indivíduo, que são mais abrangentes ainda pois há um mundo de possibilidade, assim podemos considerar a fala, não deixando de levar em consideração outras línguas naturais como as dos surdos, como uma forma natural de comunicação, e assim a fala torna-se um ponto