Fitoterpicos
1. INTRODUÇÃO
A malária é uma enfermidade grave de ocorrência mundial, que atinge milhares de pessoas no Brasil especialmente na Amazônia, onde cerca de 99% dos casos são registrados anualmente. A identificação das espécies envolvidas na transmissão dessa parasitose nem sempre é possível, porque por muitas delas são espécies crípticas. Espécies crípticas apresentam divergência morfológica mínima, o que dificulta a sua identificação taxonômica. Nos últimos anos, diversos estudos foram realizados sobre morfologia, ecologia, cruzamentos experimentais, testes imunoenzimático (ELISA) e marcadores moleculares de isoenzimas e DNA, para uma identificação correta de espécies crípticas envolvidas na transmissão da malária humana no país (Wilkerson et al., 1995).
O cariótipo dos anofelinos mosquitos do gênero Anopheles é 2n= 6 cromossomos (Rafael et al. 1998). Esses consistem em um par de cromossomos autossômicos metacêntricos (II) e um para de cromossomos submetacêntricos (III) bem como um par de cromossomos sexuais XX (fêmeas) e XY (machos). Em algumas espécies, o cromossomo sexual (X) é acrocêntrico e o Y é puntiforme. Este número diploide de 6 cromossomos parece ser uma característica conservada entre os mosquitos (Coluzzi, 1982; Rao & Rai, 1987).
Anopheles rangeli e Anopheles deaneorum, este último do complexo Albitarsis, ocorrem em diversos Estados brasileiros, além de outros países sul americanos, como a Colômbia e a Venezuela. Estes mosquitos apesar de sua importância epidemiológica como vetores secundários da malária, já foram encontrados contaminados por Plasmodium vivax da malária em áreas da Colômbia e Amazônia maranhense, Estado do Maranhão e Estado do Acre. Nos últimos 30 anos, os estudos de variabilidade cromossômica têm sido bastante utilizados para evidenciar variações intra e interespecíficas entre diversos grupos de plantas e animais (White, 1980). Métodos de coloração