Fitch
I. Introdução
Esse estudo tem por objetivo um exame nas teorias de Fichte em alguns de seus aspectos relativos à educação e sua concepção.
Inicialmente, esboço para reflexão e contribuição de prelecções realizadas no curso de Filosofia da Educação da Faculdade do Mosteiro de São Bento, apresenta-se dividido em 5 partes essenciais, onde diferente de sua apresentação não inclui-se o exame propedêutico de um dos fundamentos da Doutrina da Ciência, o conhecimento intuitivo, examinado em Nicolai Hartman em sua obra Filosofia do idealismo Alemão da Editora portuguesa Calouste Gulbenkian, bem como sua diferença com a doutrina Kantiana exposta na prelecção.
Esse estudo pressupõe conhecimentos da filosofia transcendental de Kant, sobretudo nas Criticas da Razão Pura e Prática e Fundamentação da Metafísica dos Costumes, e sua repercussão na filosofia de Fichte, ao menos no caráter da linguagem da filosofia transcendental e dos dois filósofos.
Indivíduo, Sociedade e liberdade , em Fichte a união do amor ao saber com a condução a autonomia é buscada a partir dos impulsos naturais do homem, com relação a sua identidade, (Da vocação do homem em si, desdobrado no exame da “educação e liberdade” em Luc Vincent), impulso para sociedade ( Da Vocação do homem na sociedade, desdobrado em “Por uma universidade orgânica do conhecimento” do próprio Fichte) e uso da liberdade (Da vocação do sábio, nas Prelecções sobre a Vocação do Sábio, Fichte).
No movimento idealista, a partir das representações, isto é, do exame do “Eu” (subjetividade), para encontrar-se, fazer uso de sua liberdade, pressupô-la para fora de si (objetividade) em outros seres racionais livres, amar o saber e o conhecimento que enobrece , aperfeiçoa, e encontra seu engajamento ao modelar-se e conduzir os seres racionais mutuamente; educação.
Dever para consigo, ser livre, e para a sociedade e os homens, tornar-los mais perfeitos através de sua própria liberdade e da sociedade;