fisioterapia
RELATO DE CASO CLÍNICO
Por João Moretti Junior
DTM e Coluna Cervical: uma abordagem clínica.
DTM and Cervical Spine: A clinical approach.
DESCRITORES
Desordens temporo-mandibulares, coluna cervical, postura, placa interoclusal.
INTRODUÇÃO
O controle da dor e o conhecimento de suas causas têm sido alvo de grande interesse da comunidade científica, uma vez que uma parcela considerável da população busca sanar dores de cabeça, pescoço, ouvido ou coluna, sem imaginar uma possível relação com as desordens temporo-mandibulares (DTMs).
As disfunções temporo-mandibulares, por sua vez, envolvem diversas condições clínicas, sendo necessário conhecer a relação do sistema estomatognático com as estruturas associadas para correto diagnóstico e realização de procedimentos terapêuticos eficazes.
É consenso que a etiologia das desordens temporo-mandibulares é multifatorial, podendo contribuir como fatores de risco: estruturas, funções, oclusão, estresse, trauma e hipermobilidade (Solber et al23 1972; Ash2 1986; Bakke3 1992;
Henrikson10 1999, Okeson17 1995). Dentre as estruturas envolvidas, a coluna cervical possui uma intima ligação com as DTMs.
(Roccabado21 1984; Steigerwald25 1992; Chinappi5 1995, Clark4 1987).
Siesch-Scholz26 2003, citam, a correlação das disfunções temporo-mandibulares com as desordens crânio-cervicais, fundamentados no envolvimento anatômico entre as estruturas cervicais e craniomandibulares. As reações musculares do sistema estomatognático podem acometer os músculos do pescoço devido a ação resultante do movimento entre o sistema temporo-mandibular e a área cervical
(Rocabado20 1983; Kraus13 1988).
Há relatos de coexistência entre sinais de DTM e funções limitadas, pontos de rigidez e hiperalgesia na área da coluna cervical (DE Laat et al6 1998), além da presença de algum tipo de disfunção da coluna cervical em 70% dos pacientes portadores de DTM segundo estudo realizado por Padamsee et al18 (1994).
Sinais e sintomas de