Fisiologia do envelhecimento
Os rins são órgãos fundamentais na manutenção do meio interno. O rim que na fase adulta varia de 230g a 250g e que é proporcional à área corporal do indivíduo, a partir da quarta década diminui de peso, podendo chegar a 180g, cerca de 30% reduzindo assim sua área de filtração glomerular, como também reduzindo suas funções fisiológicas.
No envelhecimento renal, que começa na quarta década, as estruturas corticais vão se perdendo progressivamente, enquanto a medula é relativamente preservada. Essas perdas são heterogenias afetando vasos, glomérulos, túbulos e interstício renal em diferentes graus de atrofia, esclerose e hiperplasia. Entretanto essa perda funcional não leva a falência do órgão. Os vasos renais sofrem progressiva esclerose, a partir dos 40 anos, causando a diminuição de sua luz e modificando o fluxo laminar do sangue. Isso levará a um maior depósito de colágeno nas paredes do vaso, que posteriormente levará a diminuição de sua elasticidade.
O número de glomérulos, 800 mil a 1 milhão, se mantém do nascimento até os 40 anos, quando a partir daí começa uma progressiva redução de suas estruturas, restando apenas, na sétima década, cerca de um terço do número de glomérulos iniciais, havendo um aumento da relação entre os esclerosados e os normais: 1 em 10 glomérulos na idade de 80 anos comparados com 1 em 100 no adulto não idoso. Os glomérulos têm seus volumes diminuídos. Eles também têm suas estruturas modificadas pelo esclerosamento, o que inclui a expansão das células mesangiais e um acentuado espessamento da membrana basal, associada a alterações bioquímicas da mesma. A principal conseqüência dessas alterações é a diminuição da área de filtração e da permeabilidade glomerulares, que por conseqüência diminui o ritmo de filtração glomerular.
Fisiologicamente, de forma gradual, o fluxo plasmático renal diminui de 600 ml/min na 3ª década para 300 ml/min na 8ª década, sendo que um importante fator