Fisiologia da visão
O processo que envolve toda a fisiologia da visão é um instrumento altamente especializado e delicadamente coordenado, no qual cada uma de suas estruturas desempenha um papel específico na transformação da luz em sentido da visão. O globo ocular, com cerca de 25 milímetros de diâmetro, é o responsável pela captação da luz refletida pelos objetos à nossa volta. Essa luz atinge em primeiro lugar nossa córnea, que é um tecido transparente composto de cinco camadas que proporcionam uma rigidez e protegem o olho de infecções. Em seu caminho, a luz posteriormente passa através do humor aquoso, penetrando no globo ocular pela pupila e atingindo imediatamente o cristalino que funciona como uma lente de focalização e acomodação, convergindo então os raios luminosos para um ponto focal sobre a retina.
A retina é a porção do olho sensível à luz. Nela estão situadas células fotoquímicas como os cones, responsáveis pela visão em cores, e os bastonetes, responsáveis pela visão no escuro. Essas células estão distribuídas de maneira diferente pelas camadas da retina. Quanto mais nos afastamos da retina periférica e nos aproximamos da fóvea (região central da retina, especializada na visão acurada), menos cones e bastonetes convergem para o nervo óptico.
A transformação da luz em informação nervosa na retina deve-se a presença de substâncias químicas que se decompõem quanto expostas a luz, excitando as fibras nervosas que deixam o olho. A substância química dos bastonetes é a rodopsina e as dos cones são chamadas de pigmentos dos cones. Em geral, essas últimas apresentam mecanismo semelhante à rodopsina.
A rodopsina é uma combinação protéica de escotopsina e retinal. Quando a rodopsina absorve a energia da luz ela sofre uma decomposição, cujo processo culminará com a excitação das fibras nervosas. Depois da decomposição a rodopsina é reformada para nova utilização e nesse processo, merece destaque a vitamina A (relacionada com a formação de retinal).