FISIOLOGIA DA DOR MUSCULAR
FISIOLOGIA DA DOR MUSCULAR TARDIA
Autor(es)
CESAR FRANCISCO MANESCO
Orientador(es)
SILVIA CRISTINA CREPALDI ALVES
1. Introdução
Todos os praticantes de atividade física e de esportes em geral, e até mesmos os indivíduos sedentários já tiveram alguma vez na vida uma dor muscular de início tardio (DMIT), principalmente após a execução de um padrão de movimento diferente daquela ao qual estão acostumados.
A dor muscular tardia é caracterizada pela sensação de desconforto na musculatura esquelética que ocorre algumas horas após a prática da atividade física. A dor não se manifesta até aproximadamente 8 horas após o exercício, aumentando a intensidade nas primeiras 24 horas e alcançando seu máximo de intensidade entre 24 72 horas (TRICOLI, 2001). A dor muscular, assim como o dano muscular provocado pelo exercício físico, pode ocorrer em diferentes magnitudes, dependendo do tipo de contração, mas com ênfase nas ações musculares excêntricas (FOSCHINI, PRESTES, CHARRO, 2007).Segundo ALBERT (apud
NETO, PREIS, 2005), nos últimos anos nenhum outro aspecto de carga muscular tem sido mais descrito, discutido ou investigado na literatura cientifica e prática clínica do que o movimento excêntrico. A contração excêntrica também está relacionada a uma lesão muscular, pois são elas que provocam microrupturas nas fibras musculares (CLEBIS, NATALI, 2001). Na lesão também ocorre um aumento de enzimas, que em estudos, também defendem que seria uma das causas da ruptura do tecido muscular. Várias são as teorias para a dor muscular, mas quase todas elas citam que há um aumento significativo dos leucócitos, pois são eles que atuam na defesa de materiais estranhos que entram no corpo, migrando até o tecido afetado. No tecido afetado monócitos se tornam macrófagos e são responsáveis pela remoção de tecido necrótico. Também há um aumento de glóbulos brancos, o que sugere uma inflamação, que é uma resposta aos exercícios