FIsio
Disciplina: Tópicos em Fisioterapia UTI
Fisiologia da Ventilação Mecânica em pacientes de UTI
Grupo: Luiza Cabral, Renata Vinhal, Yasmine Faccion
Setembro/2013
A Ventilação Mecânica(VM) consiste na substituição total ou parcial da atividade respiratória espontânea de um paciente por uma máquina. Apesar de os aparelhos para VM estarem se aperfeiçoando, e cada vez causando menos repercussões fisiológicas aos pacientes, ainda existem alterações que podem ocorrer em muitos órgãos e sistemas, dentre elas:
• Sistema Respiratório: O tipo de pressão que causa a entrada de ar nos pulmões é diferente na ventilação espontânea e na VM. A VM com pressão negativa causa menos alterações nos gradientes de pressão alveolar e pleural, assemelhando-se mais à ventilação espontânea. O aumento excessivo da pressão em VM pode causar barotrauma, levando a alterações na árvore traqueobrônquica e na superfície alveolar.
• Sistema Cardiovascular: estando o coração, os grandes vasos e os pulmões intimamente ligados anatomicamente, qualquer alteração em um destes implicará em alterações das funções dos demais. O aumento do volume pulmonar provoca alteração do tônus autonômico. Um volume inspirado de até cerca de 15 ml/kg/peso aumenta a frequência cardíaca (FC) , o que é chamado arritmia sinusal respiratória. Acima desse valor, ocorre uma diminuição da FC, que pode levar à vasodilatação arterial reflexa. Outro fator também alterado pelo aumento do volume pulmonar é a resistência vascular pulmonar que, em situações de hiperinflação dinâmica crônica (como em DPOC agudizado), pode levar a consequências sérias, sobrecarregando o trabalho do ventrículo direito e levando à diminuição do débito cardíaco. Em casos de hipoventilação pulmonar global, o tônus da rede vascular pulmonar aumenta, levando a alterações na pós-carga do ventrículo direito. A VM pode provocar o