Fins dos Tempos
rólogo
É uma manhã fria para dezembro. O céu estanublado e trovoadas surgem a todo instante. A grama esta com geada e a neblina esta bem baixa, não da quase para enxergar um palmo a frente. Parece que eu estou num daqueles pesadelos que se tem logo depois de assistir a um filme de terror.
Bem que poderia ser mesmo um pesadelo, então eu acordaria e iria para o quarto dos pais e minha mãe me pegaria no colo e perguntaria se eu gostaria de um chocolate quente e eu responderia que sim. Ela então, me levaria para a cozinha e nós prepararíamos um delicioso chocolate, e ficaríamos conversando e contando histórias até que o meu medo se dissipasse eu estivesse pronta para dormir. E quando amanhecesse meu pai e minha irmã chegariam e veriam nossa bagunça e se juntariam a nós, e seria como se a felicidade nunca acabasse.
Mas ela acaba, e quando acaba todos os seus problemas voltam triplicada mente, e parece que você não irá sobreviver. Mas por azar você consegue sobreviver e tem que suportar toda a humilhação, e os olhares de pena das pessoas para você. “ Meus pêsames”, “ seus pais eram grandes pessoas”, “ eles se sacrificaram pela vida de todos”. Todos esses abraços, palavras e pessoas, eu não preciso disso. Eu não preciso dessas pessoas me dizendo como meus pais eram maravilhosos e como o sacrifício deles foi importante, eu sei disso. Eram meus pais, eu convivi com eles toda a minha vida. Até o momento que eles decidiram me deixar.
É só nesse momento - quando Tia Helena me cutuca - que percebo que estou chorando descontroladamente na frente de todos.
– Se controle Bethany. Você é uma mulher crescida não pode mostrar fraqueza na frente dos outros – Diz Tia Helena.
Oh! Desculpe Tia Helena se estou chorando tão descontroladamente pela morte dos meus pais, penso. Mas só respondo – Certo Tia Helena.