FIM DOS DESKTOPS
Vira e mexe, alguém aparece profetizando o iminente fim dos desktops. Ao acompanhar o crescimento nas vendas dos notebooks e netbooks, não é difícil chegar à esta conclusão, já que a percentagem de notebooks vendidos cresceu de menos de 10% há uma década atrás para quase metade das vendas mundiais em 2008.
De fato, uma pesquisa recente do iSuppli indica que as vendas combinadas dos notebooks e netbooks ultrapassaram pela primeira vez as vendas mundiais de desktops no primeiro trimestre de 2009, com crise e tudo. Em alguns mercados (sobretudo nos EUA), a proporção é ainda maior, com os portáteis já representando mais de dois terços das vendas. Se você colocar esses números em um gráfico, vai chegar à conclusão de que, mantida a tendência atual, os desktops vão desaparecer completamente até 2015.
Entretanto, existem diversos motivos para que isso não aconteça. É óbvio que os notebooks vão continuar sendo populares e vão continuar abocanhando parte do espaço dos desktops, mas eles não vão desaparecer completamente em um futuro próximo.
Para começar, vamos começar investigando alguns dos fatores na popularização dos notebooks e netbooks:
Similaridade de componentes: Antigamente, desktops utilizavam monitores de CRT e processadores regulares, enquanto notebooks utilizavam telas de LCD e processadores móveis, que eram muito mais caros. Os HDs de 2.5" eram lentos e menos confiáveis e para complicar o pequeno volume das vendas fazia com que a economia de escala não desse as caras.
Hoje em dia, entretanto, os notebooks estão cada vez mais utilizando componentes similares aos dos desktops e, paradoxalmente, as telas de LCD para notebook já são mais baratas que os monitores para desktop, devido às dimensões menores, à ausência do conversor analógico-digital (presente em todos os monitores que usam conector VGA) e à luminosidade mais baixa.
No caso dos netbooks, temos a questão do Atom, que apesar do baixo desempenho, é também bem mais barato